7° lição – Tenha Empatia

7° lição – Tenha Empatia

Veja só, fidelidade a Deus e fé não significam imunidade às tragédias da vida. O filho da viúva adoeceu e morreu!

“Algum tempo depois, o filho da viúva ficou doente. Ele foi ficando cada vez pior e acabou morrendo.”(1 Rs 17.17).

Na sociedade daquela época ser viúva era um risco social muito grande à mulher, deixando-a completamente vulnerável econômica e socialmente. As viúvas sem o sustento do marido ou dos filhos, estavam condenadas a viver em uma situação de pobreza. A única esperança para aquela mulher não viver uma vida de miséria seria contar com a bondade do seu filho quando este crescesse, mas ele morreu! Morre assim com ele a única esperança que aquela mulher tinha de uma vida com um pouco de dignidade. 

Naquele momento de angústia, a mãe projeta em Elias toda a sua frustração e dor. Não sei se ela achava que por hospedar o profeta e ver o milagre da provisão de Deus diariamente, estaria imune a qualquer outro tipo de problema, assim como muitas pessoas por irem a igreja e ofertarem acham a mesma coisa.

Vemos uma reação desesperada de uma mãe que sabia que seu filho era tudo o que ela tinha na vida. A reação da mãe foi de angústia, dor e culpa. Ela achou que a morte do filho era culpa de Elias por trazer Deus à casa dela e este a estava punindo por conta de seus pecados.

Então ela disse a Elias: “Homem de Deus, o que o senhor tem contra mim? Será que o senhor veio aqui para fazer com que Deus lembrasse dos meus pecados e assim provocar a morte do meu filho?” (1 Rs 17.18).

Elias não tinha nada a ver com aquela situação. Inclusive ele poderia ter aceitado a morte do menino como um fato natural da vida e dito a ela que não poderia fazer nada. Mas a atitude de Elias foi surpreendente e precisamos aprender com o profeta. Ele teve empatia.

Empatia significa ter a habilidade de entender a necessidade do outro. É sentir o que uma pessoa está sentindo, se colocar no lugar dela. É ver o mundo pela perspectiva do outro. É ter a sensibilidade de ouvir alguém na essência e entender os seus desconfortos e suas alegrias, ver suas vitórias, conquistas e se alegrar, ver suas tristezas e se convalescer.

Naquele momento de luto, Elias não disse nada em sua defesa. Ele conviveu por 2 anos com aquele menino. Talvez tivesse afeição e também perplexo, sofria a dor pela morte do garoto. Elias entende que por mais que ele falasse algo, nada iria tirar a dor que aquela mãe estava sentindo. Então ele apenas estende as mãos para ela.  Elias retira dos braços da mãe toda dor e culpa que ela carregava sozinha em seus braços já cansados. Me vem à mente o que será que a mãe da criança pensou naquele momento. Imagino que ela sem esperança pensou que Elias tirou o menino dos seus braços para preparar o corpo do menino para o sepultamento. A criança já estava morta, não havia mais nada o que fazer. Elias pegou o menino no colo, teve bondade e empatia com a dor dela. Parece que posso ver Elias estendendo os braços e dizendo: “Dê-me o seu filho! Então pegou o menino dos braços da mãe e o levou para o andar de cima, para o quarto onde estava morando, e o colocou na sua cama.”  (1 Rs 17.19). 

Quantas pessoas que você conhece estão sofrendo neste momento de Recessão? Quantas estão vivendo o luto da perda de um ente querido, de um amigo, do convívio social com a sua família, de um relacionamento que não resistiu a tamanha pressão, ou a dor do seu sustento com a perda dos seus empregos dos seus negócios. São muitas pessoas em diversas situações!

Geralmente quem convive com essas pessoas, infelizmente, recebe toda a dor que ela está sentindo. O que eu aprendi com Elias: Não diga nada, não procure culpados ou tente descobrir qual a razão. Apenas estenda seus braços e ajude-os a aliviar a sua dor.  Para Sobreviver em Tempos de Recessão, tenha Empatia.

Sobre o Autor

Rafael Mantuan
Rafael Mantuan

Planejador Financeiro Pessoal e Coach. Fundador do Instituto Sucesso e Gerente Geral de Plataforma de Investimento.

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