5° lição – Tempo de crise é tempo de ser Fiel.
Você já ouviu o ditado: Quando uma porta se fecha, outras se abrem? Pois é, Deus tirou Elias da sua zona de conforto no riacho em Querite para lhe ensinar mais uma lição.
Então o Senhor Deus disse a Elias: Apronte-se e vá até a cidade de Sarepta, perto de Sidom, e fique lá. Eu mandei que uma viúva que mora ali dê comida para você. (1 Rs 17.9)
Enquanto o riacho estava se secando Deus já havia escolhido uma viúva para cuidar do profeta, durante um período de aproximadamente dois anos. Elias obedeceu à ordem do Senhor e foi para o lugar que Deus lhe havia indicado.
Andar por aquela região não era algo fácil. Calor de um deserto em uma terra árida que não chovia há mais de 1 ano. Penso que por todo este tempo, como Elias estava isolado, até então ele não tinha a dimensão de como estava aquela terra. O cheiro de morte dos animais, a vegetação e as plantações completamente secas, realmente é um filme de terror.
Então Elias foi para Sarepta. Quando estava chegando ao portão da cidade, ele encontrou a viúva, que estava catando lenha. Elias disse a ela: Por favor, me dê um pouco de água para eu beber. Quando ela ia indo buscar a água, ele a chamou e disse: E traga pão também, por favor. (1 Rs 17.10,11).
O nome Sarepta significa em hebraico “lugar de fundição”. Com certeza, o Senhor ao conduzir Elias para o “lugar de fundição” tinha o propósito de prepará-lo para seu grande desafio, mas também fundir (derreter) a vazia e velha fé daquela viúva nos deuses pagãos para uma fé viva e eficaz no único e verdadeiro Deus o Deus de Elias.
Tudo isso Deus faz para nos moldar. Ele esquenta nossa vida através das mais diversas situações. Igual um ourives faz com o ouro. Leva a altas temperaturas para tirar toda impureza e depois põe no molde e vem esfriando, moldando, martelando, polindo, tudo isso para fazer uma peça única, sem igual. Deus nos prova para que tenhamos um caráter inabalável.
Atualmente Sarepta localiza-se na Líbia, mas naquela época, este era um território Fenício, ou seja, Deus pediu para Elias ir se abrigar em um lugar e um povo diferente do seu de costume. O tirou totalmente da sua zona de conforto. Curioso notar também que a Fenícia era a região da Rainha Jezabel que trouxe o culto a Baal.
Veja como Deus já havia planejado tudo antecipadamente em como suprir as necessidades de Elias em meio aquela crise. Ao encontrar-se com a viúva, Elias pediu-lhe água e comida. A viúva lhe respondeu: “Juro pelo seu Deus vivo, o Senhor, que não tenho mais pão. Só tenho um punhado de farinha de trigo numa tigela e um pouco de azeite num jarro. Estou aqui catando uns dois pedaços de pau para cozinhar alguma coisa para mim e para o meu filho. Vamos comer e depois morreremos de fome.” (1 Rs 17.12).
O que? É sério isso? Deus me tira de um lugar onde eu tinha pão e carne e me manda encontrar com uma pessoa que está em uma situação pior que a minha? Será que Elias não pensou isso? Eu não sei, mas eu, depois de andar no deserto, sabe Deus por quanto tempo certamente pensaria algo muito pior.
A diferença é que Elias olhava além das circunstâncias. Ele tratou aquela situação com fé e não com desespero. Não se preocupe! — disse Elias. — “Vá preparar a sua comida. Mas primeiro faça um pãozinho com a farinha que você tem e traga-o para mim. Depois prepare o resto para você e para o seu filho.” (1 Rs 17.13).
Interessante notar que Elias pede um pãozinho. Ele pede apenas uma prova de fé, testando a confiança daquela viúva, uma mulher realista que estava completamente desesperada com a situação que estava vivendo e sem esperança.
Imagine o que ela já sofreu pela morte do seu marido e agora, vendo a comida acabar sem ter de onde tirar a provisão para alimentar seu filho. Eu acredito que essa deve ser a pior situação para qualquer pai ou mãe, saber que seu filho morrerá de fome ao seu lado. Mas Deus tinha outros propósitos, Ele queria abençoar a viúva e o seu filho naquele tempo de Recessão. Deus, por meio do profeta, pediu que fizesse o primeiro pão à Ele. O primeiro pãozinho deveria ser para Deus. Esse era um teste de fidelidade (Mt 6.33-34).
Para Sobreviver em Tempos de Recessão é tempo de ser fiel.
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